Dia histórico em Arujá
Em dia histórico, 170 unidades da CDHU são entregues em Arujá
As primeiras 170 moradias construídas em Arujá pelo Morar Bem, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), foram entregues nesta sexta-feira (04/11), na Fazenda Albor, pelo secretário de Estado da Habitação, Rodrigo Garcia, e o prefeito Abel Larini. É o primeiro empreendimento do tipo na história da cidade.
As habitações ficam na região do Jardim Emília e são destinadas exclusivamente para famílias situadas em áreas de risco dos bairros Beira Rio, Mirante, Jardim Via Dutra, Jardim Josely, Estância Pacaembu, Jardim Vitória e Parque Rodrigo Barreto, apontadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
O cadastramento dos moradores foi feito em parceria pelas Secretarias Municipais de Habitação e Assistência Social e as mudanças começam a partir da próxima semana. De acordo com a CDHU, 92% das famílias recebem até três salários mínimos e vão pagar 15% da renda nas prestações.
Do total de moradias entregues nesta sexta, 148 são apartamentos de 50,6 a 52,7 metros quadrados, com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. As outras 22 são sobrados de dois a três quartos, sala, cozinha, banheiro e medida de 48 a 61 m². Seis apartamentos e duas casas foram adaptados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Todos os imóveis têm cerâmica nos pisos, azulejos, portas e janelas de aço e, no caso dos sobrados, sistema de aquecimento elétrico para a água do chuveiro.
“Hoje é um dia muito importante. Quando conhecemos o problema do Beira Rio e das outras áreas de risco, procuramos saber se era possível fazer demanda fechada: ao invés de sortear, utilizar as moradias para a remoção das comunidades de Arujá. É muito claro como uma casa ou apartamento pode mudar a vida de uma pessoa”, afirmou Garcia, que também falou da sensação em entregar as unidades e realizar o sonho antigo de muitas pessoas.
“Até aqui foi com a gente e agora é com vocês, que vão dar tchau para aluguel, área de risco e beira de córrego. Abrir as portas das casas e apartamentos significará uma nova etapa em suas vidas, com segurança e tranquilidade, para cuidarem de seus filhos e netos”, concluiu o secretário, que ainda destacou o fato de Arujá ser campeã estadual de regularização fundiária.
Para o prefeito Abel, que lembrou os anos de cobrança conjunta entre poder público e população, a data é histórica para a cidade. “Essa batalha nossa não é de ontem. Hoje é o dia mais marcante da minha vida pública e é um contentamento enorme para mim. Agradeço ao governador Geraldo Alckmin, ao secretário Rodrigo Garcia, aos deputados, vereadores, secretários e moradores que participaram desta conquista”, disse. “Com esse projeto, Arujá não vai mais ter problema de habitação, de áreas de risco”, afirmou o prefeito.
O conjunto
No total, o conjunto habitacional da CDHU na Fazenda Albor é composto por 391 moradias divididas em 14 prédios de cinco, seis e sete andares, além de 51 sobrados. A área total é de 58.082,03 metros quadrados e o investimento é de 52 milhões de reais.
As 170 unidades entregues representam a primeira etapa da construção (C01). As demais 221 moradias estão em fase final de acabamento e as chaves devem ser recebidas pelos futuros proprietários até o final do ano.
PPP
Além dos imóveis da CDHU, a área total da Fazenda Albor, de propriedade do Estado e com 2,7 milhões de m², receberá 12 mil moradias por meio da primeira Parceria Público-Privada (PPP) de habitação da Região Metropolitana de São Paulo.
O processo licitatório do empreendimento, que também beneficiará os municípios de Guarulhos e Itaquaquecetuba, deve ser aberto no próximo mês, segundo previsão do secretário Rodrigo Garcia. Até então, o edital estava disponível para consulta pública.
O projeto prevê que mais de 40 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente não apenas com apartamentos, mas com toda a infraestrutura necessária: ruas, avenidas, redes de água, esgoto e energia, espaços para obras públicas como escolas e postos de saúde e empreendimentos particulares como farmácias e supermercados.
Ao todo, o projeto da PPP deve levar seis anos para ficar pronto, com entregas já a partir do 24º mês de obras.